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Tuesday, June 5, 2007

Eyes On “Itty Bitty Titty Committee”

Este filme de 2007 aborda os temas do feminismo e lesbianismo, no contexto do activismo – cívico e radical (mas não respectivamente). A variedade de personagens nucleares é interessante – a lésbica da ‘velha guarda’, lésbicas ‘riot’, a activista ‘novata’, a bissexual controladora, transexuais pré e non-op (Daniela Shea, o Max em The L word, faz uma aparição breve), a família regular – mas não se concentram todas na mensagem central que o filme quer transmitir: abaixo a preponderância DO ícone masculino.

Pouco mais que entertenimento juvenil, o filme tem o mérito de esclarecer sobre a história dos feminismos radicais, as origens e as seguidoras, sobre os conflitos entre causas feministas e causas homossexuais, sobre a variedade de reivindicações na família queer. Também merece menção a banda sonora, ela própria uma pequena lição de ‘girl empowerment’.
Menos positivo é o retrato captado das tropelias emocionais (sem deixarem de ser verdadeiras) que parasitam as arenas do activismo; não há um erotismo pungente; fica aquém da qualidade imagética da banda desenhada, da qual só teria a ganhar (vale a Super 8 em alguns instantes).

Uma parte da equipa da qual nasceu este filme também produziu alguns outros ("Go Fish" - 1994, "The Watermelon Woman" - 1996) que assentam sobre os mesmos pressupostos, embora com resultados bastante diferentes (discursos mais herméticos). Em todos está patente o elo Guinevere Turner (que não guarda créditos como produtora, ainda que o seja, como também em The L Word).

Americana quase clitoriana.