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Monday, June 18, 2007

"Chile: impulsionam workshops inéditas para mães lésbicas"

Enquanto que em Portugal se reúnem grávidas para uma amena festarola como forma de alertar para o problema da baixa natalidade e de promover a vontade de maternidade, há países outros - teoricamente menos desenvolvidos (peço desculpa por esta observação, mas faz-se necessária face à presunção típica do 'português') - em que se incentiva e (in)forma aquelas mulheres que se sentem, e são, discriminadas na possibilidade de serem mães - as mulheres lésbicas.

Este projecto inédito no Chile procura gerar uma instância para troca de experiências entre mães lésbicas e casais de lésbicas de planeiam ser mães.
Organizado por ‘As Outras Famílias’, agrupamento surgido do caso da juíza lésbica Karen Atala, o workshop procura oferecer elementos conceptuais e práticos às mães lésbicas para enfrentarem da melhor maneira os preconceitos do meio social no qual se desenvolvem como unidade familiar não tradicional.


“«A diversidade familiar tem sido um dos temas a que temos conseguido dar visibilidade nos últimos anos. A maternidade lésbica contribui para que todos entendamos a importância de dar ao conceito de família novos significados. É uma tarefa humana e um dever político conseguir que a nossa sociedade valorize a riqueza do diverso» afirma Emma de Ramón, que é doutorada em História, presidente de ‘As Outras Famílias’ e parceira da juíza Karen Atala.

O workshop inédito estará a cargo da psicóloga Paulina Cuevas, e terá como principal objectivo facilitar a troca de experiências entre lésbicas que são mães, aquelas que acompanham a criança das suas parceiras, ou casais de mulheres que desejam tornar-se mães no futuro.
«Estamos a fazer história. É a primeira vez que no Chile se realiza um workshop de grupo cujas detinatárias são mães lésbicas, sejam mães biológicas ou da criança. Um dos aspectos centrais do workshop será a revisão das nossas atitudes e crenças em torno da nossa orientação sexual e maternidade lésbica. Isto é importante, pois a herança de valores que recebemos das nossas próprias famílias, que interiorizamos e integramos na nossa experiência adulta, muitas vezes também faz parte de uma cultura discriminatória», explica a especialista.

Os workshops de maternidade lésbica começam na quinta-feira, 21 de Junho, pelas 18:30 no Museu Benjamín Vicuña Mackenna (Vicuña Mackenna 94 – Metro Baquedano) e é solicitado às participantes uma comparticipação simbólica de mil pesos (1,42 euros) por sessão, que se destinam a materiais.

Friday, June 15, 2007

“Uso da Fertilização In-Vitro a aumentar entre lésbicas”

Esta notícia provém de Inglaterra, mas pode-se adivinhar que fenómeno idêntico chegará eventualmente a mais países europeus, incluindo Portugal.
Recordo que no nosso país as lésbicas estão legalmente impedidas de recorrerem a ajuda médica para engravidarem, nem podem ser mães por adopção, pelo que a maternidade só lhes chega por meios milagrosos! Urge simplificar essa situação por meio de legislação!

O número de lésbicas a usar a fertilização in-vitro está a aumentar, segundo estatísticas.
Entre 1999 e 2006, o número de ciclos de tratamento para casais lésbicos triplicou de 300 por ano para quase 1000. Durante o mesmo período, o número de ciclos de tratamento a que se submeteram mulheres solteiras só duplicou.
Mas os peritos dizem que o maior grupo de mulheres a liderar a corrida à fertilização in-vitro são mulheres com mais de 40 anos, indiferentemente das sexualidades.
Quase 40.000 ciclos de tratamento foram providenciados a estas mulheres em 2006, e os seus números aumentaram 15% em apenas um ano.


Angela McNab, chefe executiva da Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia (HFEA), que publicou os números por ocasião da conferência anual da autoridade, em Londres na terça-feira, disse ao ‘The Independent’ que o crescimento da procura para as mulheres com mais de 40 anos era preocupante. (...)

De momento, cada centro de saúde do serviço nacional de saúde aparta separadamente os fundos para os tratamentos de uma FIV. Qualquer mulher que queira submeter-se a eles terá de ser examinada por um médico que fará uma averiguação pelo bem-estar da criança. Durante essa averiguação, eles apurarão a necessidade de um pai, pela criança. Eles inspeccionam a estrutura familiar e as equipas ‘gay-friendly’ avalizam o uso da FIV caso a criança posso ter um forte modelo de papel masculino, tal como um tio ou vizinho. Contudo, alguns centros de saúde irão opor-se ao uso de FIV nos casos em que acreditem que a criança necessita de um pai.
A legislação está correntemente sob revisão pelo Governo.


O custo médio de um ciclo de tratamento está entre 5900 e 11.800 euros. Uma mulher que tenha três ou quatro ciclos, em média quantos são necessários antes que uma mulher conceba, enfrentará uma factura de pelo menos 17.700 euros e até 47.200 euros.