Não consta que Putin tenha filhos!
Mas fez escandalosas declarações de mau gosto.
Há alguns dias uma associação de direitos dos homossexuais Russa entregou, no Tribunal Europeu de Direitos do Homem, uma queixa contra o município de Moscovo, na pessoa do presidente Juri Lushkov, por dois impedimentos consecutivos de realizarem a primeira Marcha do Orgulho Gay naquele país em Maio do ano passado.
Reagindo à notícia, Lushkov soltou algumas declarações homofóbicas, nomeadamente a de que as motivações da Marcha seriam satânicas. Reafirmou que não tenciona permitir nenhuma futura Marcha – para impedir a primeira invocou questões de segurança em vez dos reais motivos homofóbicos, tendo permitido manifestações anti-gay. As associações LGBT reiteraram a vontade de levar a Marcha efectivamente a cabo este ano, pelo que é bem possível que se verifiquem novos confrontos violentos de facto.
Por fim, o próprio Presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou a mais inacreditável e difamatória homofobia: afirmou-se respeitador das decisões dos líderes locais, e também das minorias do país... embora atribuísse às minorias sexuais a responsabilidade pelo declínio da população russa! O declínio rápido na demografia daquele país é real, mas não se legisla a favor dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, de forma a poder dotar estes casais de plenos direitos parentais. Em vez disso promete-se aos casais estritamente heterossexuais cerca de nove mil euros por cada filho depois do primeiro. Enfim, não vai ser medida que chegue para ‘extinguir’ a homossexualidade na Rússia, isso é certinho!
Última actualização: um dos parlamentares da Duma mandou os homossexuais 'ficarem no armário'. Alexander Chuyev é porta voz do Comité para as Organizações Religiosas e Associações Públicas da Duma: "Se tem este tipo de orientação sexual, bem, então tenha-a na sua privacidade" (...) "É um problema pessoal seu, por isso lide com ele como entender... Mas por favor não o traga para a ruae não atraia outras pessoas para ele."