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Thursday, June 14, 2007

“Violência doméstica entre casais homossexuais é uma «ameaça escondida»”

"O abuso doméstico violento é tão comum e grave entre gays e lésbicas como entre heterossexuais, como se disse numa conferência em Manchester ontem.
A violência entre o mesmo sexo tem sido uma ampla ameaça escondida porque muitos homens e mulheres homossexuais têm receio de denunciar os incidentes à polícia ou a organizações proeminentes de apoio. Mas pesquisas sugerem que uma maior percentagem que a que se sopunha de gays e lésbicas estão a viver com medo de um parceiro abusivo ou dominante.
A Polícia da Grande Manchester instou os que sofrem de abusos em relações homossexuais a denunciarem os seus agressores às autoridades e fez um apelo público para encarar seria e rapidamente com as queixas. A conferência organizada pela Delegação de Pessoal Gay e Lésbico da Polícia da Grande Manchester (...) foi aberta por Michael Todd, o Delegado Chefe da força.
"

"Números do estudo Dia de Contagem, da Professora Betsy Stanko, uma criminologista que trabalha para a Polícia Metropolitana, sugeriu que 4 por cento de todos os incidentes denunciados em qualquer dia são de mulheres atacadas por mulheres e 7 por cento de homens atacados por homens.
Embora os números sejam substanciais, a violência entre casais do mesmo sexo não tem sido considerada um assunto importante, diz a delegação. Também há evidências de que gays e lésbicas são relutantes quanto à denuncia dos incidentes às organizações proeminentes por medo de discriminações."


"Darrelle Lynch, da delegação, disse: «Nós queremos realçar a questão da violência homossexual para que aqueles que são afectados com isso saibam que podem obter ajuda e apoio tanto da polícia como de outras organizações.»
«É justo dizer que as vítimas de violência doméstica foram decepcionadas no passado, mas os tempos mudaram e também a polícia. A força entende o quão importante este assunto é, e está cá para ajudar, caso esteja numa relação abusiva.»
«Nós sabemos quão assustador é denunciar à polícia. Os números mostram que só depois de 35 ataques é que a vítima vai à polícia, mas irá ter a ajuda de que precisa.»"

"Claire Turner, de 37 anos, a fundadora de ‘Amo-me’, um grupo de apoio para vítimas de violência homossexual, descreveu como ficou encurralada numa relação abusiva durante mais de 3 anos. Ela descreveu-a como primordialmente psicológica com confrontos intermitentes de violência.
Ela disse:
«Eu acreditava mesmo, naquela altura, que as mulheres eram maravilhosas e incapazes de ser mais que simpáticas entre si. Mas acaba-se por se perceber que qualquer pessoa na sociedade tem o potencial para se comportar mal»
«Como resultado acaba-se a pensar que a sociedade não irá pensar com seriedade suficiente porque foi outra mulher a executar o abuso. Eu não denunciei.»
«Ela tentou estrangular-me até à morte porque eu disse que me ia embora. Durante toda a relação tinha havido ameaças do tipo "Vou matar-te se fores embora... Não te deixarei ir embora nunca".»"

"A Dra. Kate Cook, uma académica da justiça criminal que lecciona sobre género e a lei na Universidade Metropolitana de Manchester, disse que havia ainda muito trabalho para se fazer de modo a averiguar-se o grau de violência doméstica que existe na comunidade homossexual. Ela disse: «Eu suporia que eles podem estar mais reticentes (que os heterossexuais) sobre denunciarem os incidentes.»
O Assessor do Delegado Chefe Vince Sweeney, da Polícia da Grande Manchester, disse: «A nossa abordagem seria tratar todos os casos de violência doméstica de igual modo». «O nosso protocolo é bastante claro acerca da tomada de uma posição activa, reunindo todas as provas, detendo o agressor e retirando-o da cenário, e levando-o a julgamento o mais rápido possível». «A nossa polícia abraça todos os tipos de relacionamento»."

Clima de medo (no Reino Unido)
- 5%-7% da população presume-se que seja homossexual;
- 65% das pessoas homossexuais evita sempre ou algumas vezes contar a alguém que é homossxeual;
- 48% das pessoas homossexuais já sentiram violência;
- 61% das pessoas homossexuais com menos de 18 anos já sentiram assédio;
- 90% das pessoas homossexuais com menos de 18 anos já sentiram abusos verbais;
- 18% dos incidentes homofóbicos são denunciados;
- 70% das pessoas homossexuais têm medo de denunciar futiros incidentes homofóbicos.
(Fontes: Stonewall; Gay Times; London Gay and Lesbian Policing Group)

Wednesday, May 23, 2007

39 mulheres assassinadas em Portugal


É sem dúvida difícil ignorar uma realidade tão chocante. E o portal LGBT espanhol 'NacionGay' não ficou indiferente.

Lamenta-se os desfechos que no ano passado não se poderam evitar. Há que evitar outros desde já.

Wednesday, December 20, 2006

Porque será que me sinto perseguida desde hoje?

Será porque é intenção dos magistrados virar-me as costas se um dia eu vier a viver com a filha violenta de algum advogado, ou mesmo juíz!?
É que apesar das declarações rocambolescas que vieram a público hoje, a lei fundamental portuguesa, vulgo Constituição, e o Código Penal não deixaram, nem deixarão, de condenar a descriminação dos cidadãos homossexuais e a violência contra qualquer cidadão indeferenciadamente do género ou orientação sexual.

Logo de manhã: fico a perceber que o documento que dois homens redigiram é rigorosamente autista! Algum ensaio da estupidez certificada, ou pesadelo a enevoar ainda o meu zapping matinal?
A Fernanda Câncio destaca que as uniões de facto, independentemente do sexo dos unidos, foram simplesmente desconsideradas como potenciais situações com ocorrências violentas. É que seria mesmo complicado, eticamente escandaloso e constitucionalmente desafiante, justificar porque é que naquelas uniões só seria possível punir homens que batessem em mulheres!

Um pouco mais tarde: a dimensão do absurdo é chocante e inadequada a um país moderno que pretende... bem, pretende coisas irrealistas se aceita que certos mentecaptos cheguem a certos cargos. Enfim, um país de pretenciosos!
O Boss vai destacando isso mesmo ao longo do dia, o atradasismo que atrofia as instituições democráticas até à retroversão! Benvindos ao hoje, onde opiniões reinam, esquecem-se arbitrariamente tanto o bom senso como os critérios científicos, fala mais alto quem está no palanque, mas a falta de oxigenação é generalizada!

Ainda a tempo de partir mal-disposta para o almoço: lêr esta notícia como um relato duma banalidade entontence mais do que imaginar o cenário de um conto surreal para ilustrar.
O destaque da SIC é... nada mais nada menos que a inaptidão do tal Parecer para suscitar qualquer efeito prático! Desta forma só se consegue mesmo que haja mais gente desprotegida. Então ‘bora dai mudar a situação! O óbvio alarma para a urgência de especificar que uniões civis entre pessoas do mesmo sexo valem tanto quanto entre pessoas de sexos diferentes, e tanto quanto uniões de facto entre duas pessoas independentemente dos sexos.

Pela tarde fora a realidade foi assentando: felismente um sinal de alguma racionalidade, de alguma 'inteligentia' reconfortante. Já começava a ser fácil admitir a completa ilusão da realidade.
A TSF dá ênfase à posição da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) que na voz do seu secretário geral lembra a existência de muitas formas de violência doméstica, diversas na natureza do vínculo jurídico que reúne quaiquer pessoas no mesmo domicílio ou relação. E importa dar atenção a todas! Vítima é tod@ aquel@ que sofre a opressão por parte de outrem, e a APAV recebe cada vez mais queixas de homens oprimidos por homens, mulheres oprimidas por mulheres. Eu também vou apresentar queixa por hoje ter-me sentido violentada nos meus direitos.

Finalmente... o tal de juíz Pedro alardeia o que lhe vem à cabeça num blog (que não vale a pena linkar). A imagenzinha da minoria a forçar a balança deve ser reflexo de algum complexo escondido. Por ali fora ele diz-se compreensivo com os homossexuais, mas não deixa de considerar ‘propagandistica’ a reivindicação das associações lgbt pelo reconhecimento da violência doméstica enquanto crime se entre pessoas do mesmo sexo. Diz o sujeito ‘propagandistica’, porque ao pedirmos isto já apontamos para o reconhecimento legal das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. Hum... ele reprova-as, portanto. Mas louva a nossa suposta reivindicação do direito à diferença.
“Nem menos nem mais, direitos iguais”... o Clube Safo grita-o há alguns anos, mas ele não sabe. Por isso lhe causa estranheza. Já agora... outros que não sejam “instrumentos jurídicos equalizadores” são instrumentos de discriminação, instrumentos criminosos.