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Monday, May 28, 2007

Workshop TRANS_Formação

O GRIP e a Rede Ex-Aequo promoverão um evento de esclarecimento e formação sobre Transexualidade que conta com a participação de toda a gente. É sugerido um aviso de comparência prévio, que podem fazer pelo endereço grip.ilga@gmail.com.

Estas iniciativas púbicas de reflexão sobre a transexualidade são raras, até há pouco inexistentes. De entre o expectro LGBT da população, a fracção T é a que conta ainda com menos atenção e dedicação. A ‘causa’ T difere da ‘causa’ LGB num ponto essencial: enquanto que os primeiros reclamam não serem diferenciados na qualidade de cidadãos (direitos iguais para todos), os segundos ainda reclamam o direito a definirem o seu sexo e nome conforme a sua identidade de género. E que há aí de problemático? No workshop encontrarão a resposta, ou mesmo várias.
Dada a seriedade do tema e a urgência em ‘trabalhar’ as noções – muitas no registo do preconceito, do tabu – que dele guarda a sociedade anónima (onde se integram ‘invisíveis’ @s cidadã@s trans), apelo ao interesse e disponibilidade de TOD@S.

No Porto, na ‘Maria vai com as outras’ (Rua do Almada), no dia 2 de Junho (próximo sábado), pelas 16 horas.

Sunday, May 27, 2007

Enganar a vida pelos olhos

Transformismo

Ou mais correntemente designado de ‘show drag queen/king’, vulgo ‘espectáculo de travecas’.
Termos são termos, mas há que considerar condignamente uma arte que ousa desconstruir a realidade percebida, e consegue ludibriar quem se der ao trabalho de a apreciar. É deslumbrante. Põe em causa as ‘evidências’, relativiza os determinismos biológicos, a ‘ordem natural’, baralha e volta a dar sobre o que representa um ‘género’, e as fronteiras imperceptíveis do que significa ser mulher/homem.

Sempre fui muito fã dos referidos shows, mas ao próprio do transformismo/transformação ninguém assiste em palco. Esse é o verdadeiro espectáculo, o melhor show de todos... a ‘performance’ de fazer-se credível. A tranformação perfeita, que não guarda testemunhas nem deixa vestígios.
Nesse momento os artistas forjam o espectáculo. Nesse momento oculto, surreal, abre-se uma linha paralela à realidade que se vai percorrer durante alguns vertiginosos minutos, como um equilibrismo.

Testemunhem esse momento no vídeo seguinte, e acreditem... tudo é realidade.

A transformação de Adrian L. Acosta


P.S.: Esta é uma arte performativa; não se compara à transexualidade.

Tuesday, February 27, 2007

Seminário pela anti-discriminação LGBT no Porto

É aberto à participação de tod@s os cidadãos, académicos, lgbt's ou não.

Seminário: "Procurando uma Cidadania Sexual e de Género: Acção Política e Reflexões em torno das Discriminações Sociais"

"No dia 1 de Março, a FPCE-UP acolhe o seminário "Procurando uma Cidadania Sexual e de Género: Acção Política e Reflexões em torno das Discriminações Sociais", organizado no âmbito da Pós-Graduação em Psicologia Política. O evento terá lugar no auditório da entrada, entre as 18 e as 20 horas.
A entrada é livre.Programa:
- Percursos e estratégias do Movimento Transgénero: o colectivo e o sujeito no espaço da cidadania;
- A Discriminação Social como enfoque de reflexões teóricas e de estudos em Portugal: factos, modos de violência, projecto do Observatório da Homofobia.
- Movimento Associativo, Acção Directa e Empoderamento Pessoal: questionar as identidades e agir para a redução da violência e da discriminação social;
- O Género como base da Acção Colectiva: que entendimentos e que caminhos de Acção?

Orador: Sérgio Vitorino - Jornalista e activista gay
Moderador: Nuno Santos Carneiro - Psicólogo
"

Wednesday, February 14, 2007

Dia de quem namora.

Seja homem ou mulher.

De linguística não percebo nada, mas verifico que existe na língua portuguesa uma característica que pode dificultar qualquer mudança das matrizes e dinâmicas social/públicas em Portugal.

Trata-se do nosso idioma diferenciar os géneros masculino e feminino, sendo que aos substantivos que usamos para aglomerar sujeitos de ambos os géneros, ou uniformes, dá-se predominância ao masculino – atitude que reflete a toda a linha o androcentrismo misógino para que a humanidade moderna convergiu. Exemplo disto é falarmos em ‘Dia dos Namorados’ em vez de ‘Dia das Namoradas’. De facto, a expressão no feminimo pode ‘subverter' acentuadamente o significado da expressão usual, pelo que a evitamos, e isto acontece a todo o instante quando nos exprimimos, a ponto de já não notarmos sequer.

O idioma e como o usamos (a expressão verbal) são das marcas que mais vincam a identidade de um povo, que melhor refletem a cultura das comunidades. Assim, é bem provável que o peso do nosso idioma seja um obstáculo tácito, mas real, a algumas mudanças ‘culturais’ que urgem no nosso país. Pode ser que tenha já acontecido na discussão que antecedeu o referendo à IVG, e talvez novamente na altura de se falar das questões de não-discriminação dos homossexuais – no sentido de se regulamentar as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, a adopção e a reprodução medicamente assistida para pessoas homossexuais.

Thursday, December 7, 2006

Roubam a identidade, mas não a dignidade de existir.

És um cidadão/cidadã exemplar!? Não deves nada à Justiça e és cumpridor/cumpridora da Lei!? Respeitas os outros/outras!?

Eu não tenho nenhuma ocorrência no meu registo criminal; faço por seguir os trâmites legais que a Justiça tece sobre a nossa/minha democracia, e tento o mais possível entender a posição dos meus concidadãos face às suas/nossa vidas – tanto quanto desejo que eles/elas entendam a minha posição face à minha/nossa vida. Esclareça-se que se somos iguais enquanto pessoas, e sendo indivíduos em conjunto, somos cidadãos sob os mesmos pressupostos – liberdade, igualdade, fraternidade, dignidade, justiça e solidariedade.

Mas por incrível que pareça eu devo à Justiça o que outras pessoas não devem nem nunca deverão! Devo à Justiça o facto de ser Lésbica – e felismente ser Lésbica é um fenómeno 'instituido', ou corresse eu o risco de me acharem homem por amar mulheres.
Hoje a Justiça portuguesa deixou de prestar contas com um Homem que só deve à Justiça o facto de ser Homem. Que contas quer a Justiça ajustar!? Que raio de dívida pode um Homem ter com a Justiça à custa de ser Homem!?

Porque é que ninguém impede a Justiça Portuguesa de continuar a perseguir as Lésbicas e Gays por serem Homossexuais, e @s Transexuais por serem Homens e Mulheres!? Porque é que toda a gente aceita passivamente assistir a isto!? Hoje eu aceitei pela última vez.

Haja uma Lei de Identidade de Género já!

Wednesday, November 22, 2006

Identidade de Género ganha reconhecimento legal... em Espanha

Sabem o que é LGBT?

Esta sigla significa Lésbica-Gay-Bissexual-Transexual. Transexuais são pessoas que lidam com questões de identidade de género, situação que, por definição de Homossexual e Bissexual, não acontece com Lésbicas, Gays ou Bissexuais.
Da mesma forma que é desconhecido o número de homossexuais e bissexuais em Portugal, também o número de transexuais. Longe de sermos todos heterossexuais (lolol...) – como queriam que fosse verdade os homofóbicos todos à face da Terra – estima-se, com base em sondagens sempre oficiosas, que 10% da população portuguesa seja homossexual ou bissexual, e que provavelmente 1% será transexual. Caros concidadãos... estes números são significativos! Se vocês conhecem 100 pessoas, 10 deles serão homo ou bissexuais, e 1 é transexual. Significa que em Portugal somos 1.056.959 LGB e 105.696 T.

Agora imaginem que além da vossa orientação sexual não ser concordante com aquela que é socialmente convencionada e entendida como única e ‘normal’ – a heterossexualidade – vocês não conseguem viver com o género com que toda a gente vos identifica. Vocês nasceram homens mas encontram-se aprisionados em corpos cuja genitália vos cataloga como mulher. Podem imaginar a qualidade de vida que desde cedo iriam ter... nenhuma! Desde logo porque toda a gente insiste em chamar-vos por um nome feminino, mas isso nem é o pior. Pior é terem esse nome escrito em todos os documentos que validam cada passo que vão firmar no vosso percurso de vida, e serem só dessa maneira reconhecidos como cidadãos, como pessoas.

Em Portugal @s transexuais podem corrigir o seu sexo anatómico, e assumir definitivamente um aspecto de uma pessoa que corresponde ao género com o qual se identificam. Até podem tentar corrigir a sua identidade oficial, mudando o nome e o género no registo. Mas acreditem... nada é mais complicado que isso. Não é a priori garantido a nenhum transexual português que, dando início ao processo de transformação do corpo, a sua identidade venha a ser corrigida também de forma concordante.

Em Espanha a situação dos seus cidadãos transexuais era igual à nossa até este ano. Este país democrático reviu muito recentemente as condicionantes legais que impunha às pessoas que queria corrigir a sua identidade oficial, e tudo agora é mais fácil. Mesmo aqui ao lado, 443.953 pessoas podem ter tido a sua qualidade de vida finalmente emparelhada com os dos restantes espanhois.
Saibam de tudo com rigor aqui.

Parabéns Espanha. Encontramos no vosso exemplo um auspicioso sinal de esperança para os nossos concidadãos transexuais.