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Saturday, December 1, 2007

"Lésbicas e a SIDA"

"O risco bem documentado de transmissão mulher para mulher do HIV mostra que as secreções vaginais e o sangue menstrual podem conter o vírus e que a exposição das membranas mucosas (oral, vaginal) a estas secreções pode potencialmente conduzir à infecção pelo HIV."

"Dia 1 de Dezembro é Dia Mundial de Luta contra a Sida. De acordo com o Centers for Disease Control (CDC), as mulheres contabilizam mais de um quarto dos novos diagnoósticos de HIV. As mulheres de cor são especialmente afectadas pelo HIV/SIDA. Mas e as lésbicas? Que posição tomam no ranking de infecções pelo HIV/SIDA?

"Bem, há algumas boas e algumas más notícias nessa frente. Por um lado, parece haver muito poucos casos documentados de transmissão sexual da doença, mulher para mulher. Por outro lado, do modo que o CDC acompanha a SIDA torna muito difícil documentar a transmissão mulher para mulher.

"Mas ainda que as lésbicas não estejam a contrair a doença através do sexo com mulheres, mulheres lésbicas e bissexuais estão tão sujeitas a contrair a doença por outros meios: sexo com homens, uso intravenoso de drogas, violação e até inseminação artificial. Na verdade, em alguns destes grupos, as lésbicas têm maiores probabilidades de contrair o HIV.
Não deverias estar informada?"

"Aqui estão os factos sobre as lésbicas e o HIV/SIDA"

Sunday, November 25, 2007

HOJE: Dia Internacional para Eliminação da Violência Contra as Mulheres

Sapo Mulher:

"Em 2006, foram registados pela PSP e pela GNR 20.595 crimes relacionados com violência doméstica. Nos dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), o número de vítimas diárias ascende às 43 e os agressores são maioritariamente do sexo masculino, com 25 anos ou mais e geralmente companheiros, ex-cônjuges e ex-companheiros das vítimas."

Público Online:

"Quase oito mil mulheres foram vítimas de violência doméstica nos primeiros nove meses deste ano, mais 514 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Polícia de Segurança Publica (PSP)."

Ainda que, como referido na reportagem do Público, a disponibilidade das vítimas para apresentar queixa esteja a superar a vergonha pelo estigma-tabu da agressão no domínio da vida privada, tendo em conta o crescendo de denúncias, é de crer que ainda se guardem em silêncio casos de violência entre mulheres, especificamente entre parceiras lésbicas.
Os relacionamentos "amorosos", qualquer se seja o seu enquandramento no leque de sexualidades, infelizmente não são imunes aos descontrolos emocionais. Nalguns casos as circunstâncias de vida que rodeiam o casal são motivos determinantes, noutros simplesmente conflitos de personalidades. Em qualquer caso, é necessário fazer saber que todas as ocorrências precisam ser denunciadas, porque a ajuda está ao alcance. Essa é a principal consequência que se quer obter das denúncias.
Então, o meu apelo a todas as mulheres que são vítimas de violência física e/ou psicológica pelas suas parceiras: não tenham vergonha de denunciar, tenham a força para se protegerem, ajudem-se a vós mesmas denunciando.

Re-edito este post só para deixar aqui um link que pode interessar às mulheres que procuram mais informações sobre como lidar com as situações de abuso por parte da sua parceira/ex-parceira:

"Loving me! (Amar-me!) Um serviço único baseado em Manchester..."

Monday, October 15, 2007

"Lésbicas em cohabitação ganham mais que mulheres casadas"

Um estudo realizado nos Estados Unidos da América obteve resultados interessantes, mesmo para nós, portuguesas e portugueses:

"Num novo estudo publicado na 'Industrial Relations', Lisa K. Jepsen da Universidade de Northen Iowa avança um passo para a determinação de se os empregados homossexuais são compensados de maneira diferente, comparando os seus rendimentos aos dos heterossexuais em condições de vida semelhantes"

"(...) Enquanto que estudos anteriores sobre diferenças de ordenado entre lésbicas e mulheres heterossexuais foram baseados em amostras muito pequenas de homossexuais, este novo estudo inclui dados de mais de 14 mil mulheres."

"Jepsen descobriu que os rendimentos médios de lésbicas em cohabitação são mais altos que os de mulheres heterossexuais em cohabitação ou casadas. Pesquisas anteriores mostraram que mulheres sem filhos ganham mais que as com filhos, e as lésbicas, de modo geral, tem menos probabilidade de terem filhos que mulheres heterossexuais. Contudo, lésbicas em cohabitação ainda ganham mais que outras mulheres em coabitação, mesmo quando a maternidade é excluída como factor na possível causa das discrepâncias de salário. (...)"

"«Os meus resultados também sugerem que as lésbicas podem sair-se melhor no mercado de trabalho que os homens gay, a quem a maiorira dos estudos considera ganharem menos que em comparação com homens heterossexuais»" diz Jepsen, mas realça que apesar destas descobertas positivas «a discriminação pode estar presente sob outras formas que precisam ser investigadas, tais como no processo de contratação».

Wednesday, May 23, 2007

39 mulheres assassinadas em Portugal


É sem dúvida difícil ignorar uma realidade tão chocante. E o portal LGBT espanhol 'NacionGay' não ficou indiferente.

Lamenta-se os desfechos que no ano passado não se poderam evitar. Há que evitar outros desde já.

Tuesday, April 3, 2007

Territórios emocionais vs Territórios culturais

A notícia que transcrevo a seguir tem poucos dias. Por ser elucidativa e ‘povocatória’ que chegue, preferi abster-me de comentá-la, sintetiza-la, reduzi-la, e tentei simplesmente traduzi-la do modo mais adequado possível. Quase transparece Portugal.

“LÉSBICAS ÁRABES REÚNEM-SE EM ENCONTRO HISTÓRICO”
pela Associated Press, 28 de Março de 2007

“(Haifa, Israel) Lésbicas árabes desafiaram pacificamente os protestos de islamitas e um tabu social para reunirem-se num raro acontecimento público, quarta-feira, numa cidade do Norte de Israel.
“Muitas das participantes disseram sentir-se tristes por o único local suficientemente seguro para acolher uma conferência para mulheres homossexuais árabes ser na área judia de Haifa, que tem uma população mista de árabes e judeus. A maioria judia é genericamente tolerante da homossexualidade.
Esta conferência está a ser realizada, de algum modo, no exílio, apesar deste ser o nosso país” disse Yussef Abu Warda, um dramaturgo.
“Por a maioria ser empurrada para o fundo da clandestinidade, só 10 a 20 lésbicas árabes compareceram na conferência, disse a organização. Quase todas misturaram-se com as lésbicas israelitas e as mulheres heterossexuais árabes apoiantes, sem deixarem notar a sua presença.
Nós gostaríamos que todas as mulheres saíssem do armário – esse é o nosso papel. Nós trabalhamos para elas” disse Samira, de 31 anos, uma das organizadoras da conferência que compareceu com a sua namorada judia de Israel. Samira concordou ser identificada apenas pelo seu nome próprio, por temer represálias.
“No exterior do recinto da conferência, 20 mulheres com capuzes e vestes longas e largas protestaram com cartazes escritos: “Deus, nós pedimos-te que guies estas lésbicas pelo caminho da verdade”.
“A segurança era apertada. A comparência só por convite, e os repórteres não foram autorizados a tirar fotografias, usar gravadores ou identificar pessoas
“A metrópole secular de Isreal, Tel Aviv, é a casa de uma florescente comunidade homossexual. Jerusalem, com a sua grande parcela de judeus ortodoxos e ultra-ortodoxos, é fortemente contra a homossexualidade.
“A homossexualidade, que é estritamente proibida pelo Islão, é considerada tabu pela maioria dos cidadãos árabes de Israel que assomam 20% da população do país.
“Leitura de poesia, música e mulheres árabes rappers animaram a conferência, intitulada ‘Casa e Exílio na Experiência Queer’, organizada pela ASWAT, uma organização pelas lésbicas árabes de Israel, da Ala Oeste e Faixa de Gaza.
Nós estamos aqui para dizer que elas (lésbicas árabes) não estão sozinhas” disse Rawda Morcos, portavoz da ASWAT, uma de entre a minúscula minoria de mulheres árabes que são abertamente homossexuais. Morcos disse que o seu carro tinha sido vandalizado repetidamente e que ela recebeu telefonemas ameaçadores, em casa da sua família, depois da sua aldeia no Norte de Israel ter descoberto que ela era lésbica.
“Até a rapper Nahwa Abdul Aal, que actuou no encontro, não apoia isto. “Estar nesta conferência não mudou a minha forma de pensar” disse ela. “Ainda acho que é errado.”
“Samira, que tem uma dúzia de irmãos e irmãs, disse que contara a um mais novo que era lésbica dois anos antes. A novidade rapidamente propagou-se pela família, e a sua mãe de 70 anos sucumbiu a uma depressão, tendo suplicado à filha que mudásse. Mas eventualmente ela aceitou a homossexualidade da filha ‘à sua maneira’ empacotando grandes caixotes de comida para Samira sempre que esta a visitava. “A minha mãe disse ‘leva a comida, para ti a para a tua namorada’” recordou Samira, concordando ser identificada apenas pelo seu nome próprio, com medo de represálias. Alguns dos seus familiares nunca ultrapassaram a notícia. A sua irmã grávida disse-lhe que ela ‘nunca haveria de tocar nas crianças’.”

Friday, March 9, 2007

Violência pelos olhos de Mulheres e Lésbicas

Anuncia o blog ‘Girls Who Like Porno’ que a 21 e 22 de Abril próximo decorrerá em Barcelona a 1ª Mostra de Curtas de Mulheres e Lésbicas sobre Violência. O evento organizado pela ‘Corto Circuito’ e MAMBO solicitou que fossem inscritos filmes durante Fevereiro, e exibem-nos agora no que designam de “proyecto feminista autonomo, de mujeres y lesbianas para mujeres y lesbianas”. São itinerantes e estão à procura de sediar as suas iniciativas culturais.

Também a COLEGA Jaén programou uma mostra de filmes decorrente das iniciativas do Dia da Mulher.

Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt

Outros recursos: Lesbofobia_1; Lesbofobia_2; Lesbofobia_3

Lesbofobia_3

Na 60ª sessão da Comissão pelo Direitos Humanos das Nações Unidas (Outubro de 2004) a ILGA International, em colaboração com a Swedish Association for Sexuality Education and RFSL, uma associação LGBT Sueca, emitiu um alerta para a situação de dupla discriminação a que estão sujeitas as mulheres lésbicas e bissexuais: “(...) De facto, as mulheres lésbicas e bissexuais de todo o mundo são as pessoas mais vulneráveis à perseguição por causa do seu género e da sua orientação sexual. Mesmo entre a maior parte dos grupos que se dedicam à defesa dos direitos das mulheres, aquelas que são lésbicas e bissexuais são descriminadas, as suas questões são geralmente descritas como disruptivas. (...)”.
Assim, ILGA e RFSL salientaram a urgência em integrar estas mulheres na marcha global pela total emancipação.

A oradora indiana participante na sessão admite que os atentados contra a sexualidade feminina não recebem nenhuma atenção na Índia. Referiu os riscos que correm as lésbicas indianas, pois entende-se que abdicaram do sistema familiar tradicional. Elas acabam por ficar desprovidas de apoio social.

A oradora do Zimbabue referiu que o racismo acresce como factor de discriminação das lésbicas em toda a África.

A oradora sueca lembrou que, mesmo depois de 25 anos de vigência de leis que garantem a plena igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, estas auferem salários ainda 15% mais baixos que aqueles.

A oradora Suíça baseou num estudo norte-americano o facto das lésbicas serem mais maltratadas que os homens jovens, e mesmo os gays, incorrendo elas num maior risco de suicídio.

Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt

Outros recursos: Lesbofobia_1; Lesbofobia_2

Wednesday, March 7, 2007

Lésbica violada na África do Sul

Na África do Sul, uma mulher lésbica de 19 anos foi violada depois de sair de um bar acompanhada por 3 homens. Eles levaram-na para um descampado, dois deles dominaram-na no chão e violaram-na repetidamente, enquanto que o terceiro se evadia do local, depois de frustradas as suas tentativas de dissuasão dos outros dois. Alegadamente o que motivou os violadores foi a curiosidade: ‘como seria foder uma lésbica?’

Uma porta voz de um movimento de defesa das mulheres, Emelda Boikanyo, tentou diminuir a importância do caso: “O facto de que um deles tentou desencorajar os outros dois mostra que eles não são anormais. Eles são só violentos, agressivos e desordeiros.” Ainda acrescentou: “Eles são só maus elementos da nossa sociedade. Não é crime ser lésbica.

Estas declarações são severamente ofensivas para as lésbicas. Primeiro porque menorizar esta violência é admitir permissão às reincidências; Segundo porque não é normal ser-se anti-social, violento, agressivo, desordeiro... as lésbicas certamente não o são; Terceiro porque mesmo que o lesbianismo fosse ilegal na África do Sul, não caberia a 3 criminosos o julgamento e execução de uma qualquer pena; Quarto porque não é condigno diminuir a importância de uma agressão motivada por preconceitos e ódios irracionais que conseguem subsistir às leis mais ponderadas – é urgente educar os homens e as sociedades, mostrar-lhe que devem às mulheres o mesmo respeito que esperam para si. A perversão das ideias não absolve os genitais.

Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt

Outros recursos: Lesbofobia_1

Tuesday, March 6, 2007

Lesbofobia_1

Existe.

Refere-se a um tipo de discriminação muito grave que recai sobre as lésbicas, primeiro em razão da sua orientação sexual, que contradiz o ditame ‘heterossexual-normal’, e depois, e primordialmente, porque são mulheres. Uma dupla discriminação: homofobia e misoginia juntas podem acabar por agravar o sentimento de repúdio por estas mulheres. A gravidade dessa situação parece ser o motivo de se reportarem menos queixas por homofobia de mulheres que de homens.
Está a fazer 3 anos que um inquérito francês indicou que, de entre 1800 lésbicas, 57% sentiu lesbofobia; quase metade destas sentiu-o durante actividades quotidianas normais, e quase tantas em família; um quarto delas sentiu-o entre amigos e no emprego; 10% sentiu-o num enquadramento médico, com 4% a especificar as consultas de ginecologia. Uma análise detalhada destes dados será publicada durante este ano.

Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
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Sunday, February 11, 2007

Friday, January 5, 2007

A propósito do referendo e da IVG

Uma perspectiva pessoal: a minha

Nunca é demasiado cedo, mas agora acho mais propício dar a minha opinião sobre o referendo do próximo dia 11 de Fevereiro, do qual se espera a descriminalização do aborto – vulgo IVG, Interrupção Voluntária da Gravidez.

Há bastantes anos atrás (antes mesmo do infeliz referendo de 1998) – já eu aceitava sem nenhuns pruridos a minha homossexualidade – o tema ‘Filhos’ não significava nada para mim. Uns anos mais tarde, depois de experimentar as felicidades de uma vida semi-partilhada com alguém que amava, ‘filhos’ passou a ser aquela meta só ela capaz de trazer a plenitude a uma harmonia que só custaria amor para construir. Até admito que esta possa ser uma perspectiva intoxicada de ‘romantismo’, especialmente se comparada com outras lógicas mais 'straight cut': ‘filhos = realização pessoal’, ou ‘filhos = frutos do casamento’.

Ora afinal acresce que – e num momento de arranque para uma vida definitivamente independente – além daquela perspectiva romântica, eu considero de extrema importância que existam condições práticas na vida de uma potencial mãe ou de um potencial pai que permitam receber e cuidar uma criança sem que recaiam sobre esta aquele tipo de carências ou dificuldades cujos recursos de um país já permitem suprir. Mais pragmática é difícil: sem condições não deve haver filhos, mesmo que a felicidade a dois/duas seja suprema.

Entendam com isto que considero a parentalidade como um assunto fulcral no projecto de vida de cada pessoa (quer esta se considere ou não potencial mãe ou pai) e que por isso exige alguma reflexão por parte de todos os cidadãos, sobretudo porque também tem de ser fulcral no projecto dum Estado que regulamenta o complexo sistema que regula todos os ‘mecanismos’ sociais que intervêm na vida das crianças/pais – assistência social, educação, etc. Daqui que... com ou sem referendo uma evolução já tardava!

Na minha perspectiva, é neste ponto que converge um outro subtema da parentalidade: a adopção. Neste momento eu gostaria de começar a ‘projectar’ um futuro que incluísse um filho ou filha, pensar no que requer objectivamente ter um, mas é-me muito claro que nem a curto nem a médio prazo reunirei as condições que considero serem as mínimas essenciais. O longo prazo já é um intervalo que se fecha a filhos: se falarmos num período de 10-12 anos, por exemplo, gerar filhos irá tornar-se num risco considerável.
Assim sendo, e se só a longo prazo eu verificar que reúno finalmente todas as condições para poder dar a uma criança uma vida boa, o mais natural será considerar a alternativa ‘adopção’ por já não me ser aconselhada a procriação.

Porquê elaborar todo este discurso sobre o assunto do referendo à despenalização do aborto?
Porque não é um assunto de preto ou branco, de sim ou não. E pelas razões que já exprimi atrás.
1. A parentalidade é uma responsabilidade como poucas se lhe comparam. Certo.
2. Isto conduz a que, só sobre um conjunto lato de condições mínimas essenciais, delineadas por cada mãe/pai mas vigiadas pela Carta Universal dos Direitos das Crianças, deve uma criança ser gerada, recebida e cuidada. Ninguém discute.
3. Então, se tais condições não existem na vida de uma mãe ou família é preferível não submeter uma vida nova e vulnerável às dificuldades daquelas pessoas, que hipotecar um, dois ou mais futuros, quando é inclusivamente possível que ainda venham a proporcionar-se, para todas as partes potencialmente envolvidas, condições mais favoráveis à parentalidade.
4. No caso de, no futuro, deixar de haver condições fisiológicas para procriar mas permanecer a vontade de ser mãe e/ou pai, então a adopção deve ser facilitada, não descurando obviamente que se verifiquem reunidas aquelas rigorosas condições que permitam uma boa vida à criança desejada.

Sou a favor da despenalização do aborto, pelas mães, para que alcancem uma qualidade de vida que providencie efectivamente mais que expectativas repetidamente goradas de menores dificuldades. Por isso é preciso apoiar as mulheres todas, as que abortam, as que desejam adoptar em conjunto com as suas parceiras de vida, as que vivem solteiras mas dão o litro em cada expediente. Pela felicidade de cada criança que chega para saber quais os valores que ainda fazem valer a pena visitar este mundo marado, mas lindo.

(este post linka aqui)