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Sunday, June 17, 2007

Mas que soberbo e rotundo sermão!

... aquele com que a Fernanda Câncio quase abriu (mas ainda só quase) a revista do Jornal de Notícias, a 'Notícias Magazine'.

Fazia falta que aquele, exactamente aquele discurso chegásse às consciências de todos os públicos. Assim, menos burilado, erudito e distante, desta vez. Apenas certeiro.
Entre a comunidade LGBT ele é conhecido sobejamente, é-nos penosamente íntimo. Não faz mais sentido guardar essa pena como uma relíquia da tal 'clandestinidade' em que ainda se abriga o amor homossexual.

As lésbicas e os homossexuais querem poder casar-se. Mulheres que amam mulheres e homens que amam homens querem constituir famílias, com filhos e com toda a dignidade com que se constituem famílias. Valorizamos o casamento e a família da mesma forma que valoriza o resto da população.
Se há quem insista em subvalorizar o amor homossexual 'porque sim', há entre nós quem prefira não acreditar que o preconceito contagioso é moralista e fácil, generalizado como uma cultura pop, bacoco, e espera antes que se resolva a incongruência legal que detém reféns os espíritos da democracia e do amor.

Friday, May 25, 2007

Apontamentos_Colóquio “Cidadania LGBT”_Painel II

Painel II – “Retratos da Homofobia em Portugal

Fernando Gomes da CGTP e Manuela Carrito da UGT_Pronunciaram-se sobre a atenção que ambos partidos colocam nas questões de discriminações e denúncias por homofobia em ambiente laboral. Existem mais das primeiras que das segundas, de modo que fica comprometida a aferição e regularização das situações, na medida em que deixa de ser punida a discriminação homofóbica enquanto crime laboral.

Paulo Vieira_Sobre a ‘Ruralidade’, destacou um inquérito ainda recente sobre a homossexualidade em ambiente rural. A ‘ruralidade’ conduz a um tipo particular de homofobia, sintomática de uma desinformação e mal-estar com a própria sexualidade, Todos preconceitos abatem-se sobre o indivíduo. Este sintoma consegue ultrapassar os limites físicos do território rural: ele existe onde quer que as populações manifestem inaptidão para a diversidade na sociedade. Por isso é possível encontrá-la também na metrópole, onde a homossexualidade é mais visível; no ‘campo’ a homossexualidade é dissimulada ao máximo.

Rita Paulos_Estatísticas recentes indicam que os homossexuais mais jovens correm riscos graves no momento em que se confrontam com a homossexualidade: o risco de perturbações psicológicas é 3 vezes maior que noutras circunstâncias. Tais dificuldades emocionais decorrem de, na maioria dos casos, não se partilhar o facto com a família, ter-se sentido discriminação na escola, e encarar-se fixamente o suicídio. Soluções efectivas não passam exclusivamente pelos jovens: devem ser-lhes proporcionados ambientes não hostís, onde encontrem apoio, modelos, e informação; exigi-se que se puna efectivamente a homofobia e todas as discriminações; recomenda-se que o Estado acolha os jovens que precisam refugiar-se de ambientes homofóbicos; que se formem os funcionários pela não-discriminação; e que se veicule nos média informação isenta de preconceitos.

Fernanda Câncio_Sobre como os média se tornaram um dos campos de batalha no ‘debate’ sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. De tal modo, que quando os jornalistas decidem enunciar opiniões próprias, por vezes tomando posições na luta, vêem o seu trabalho atacado como ‘não jornalismo’. Esse é então um jornalismo de causas. Quando a causa é a orientação sexual, em específico, aquele empenhamento profissional é discriminado, também com homofobia. Mas a verdade é que divulgar casos e falar sobre questões é contribuir para a inclusão e despreconceito, tão clamorosamente urgentes.

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