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Thursday, April 5, 2007

Lesbofobia_6

Há alguns posts atrás compilei algumas notícias que resumiam situações de lesbofobia ocorridos num passado recente. Mas só no período da semana que passou reportaram-se em agências noticiosas lgbt, via internet, mais um ‘bom’ conjunto de casos de lesbofobia por esse mundo.
Cá vão as sinteses de 4 incidentes:

“México: expulsam uma aluna por condutas lésbicas numa escola de Tabasco”

Este caso aconteceu em Fevereiro passado. Uma coordenadora de escola expulsou, não pela primeira vez, uma aluna cujo comportamento durante os tempos livres foi vigiado, avaliado e julgado como ‘delinquente’. Em Outubro do ano passado ocorrência idêntica havia resultado na sanção de um grupo de raparigas, que incluiu ‘acompanhamento psicológico correctivo’. A comissão Estatal de Direitos Humanos foi alertada dos factos, e reagiu exigindo uma investigação rigorosa, uma sanção à funcionária e o regresso da aluna à escola.

“Lésbica Ugandina procura asilo nos Estados Unidos”

Eu odeei-me desde esse dia”. “Odeei a minha família por sujeitar-me a tamanha tortura, e contudo acharam que era um bom castigo para mim”.
Olivia Nabulwala refere-se à perseguição de que foi vítima pela família, quando souberam que era lésbica. Durante anos insultaram-na, e desta vez esmurraram-na, despiram-na, prenderam-na ao chão e escarneceram dela enquanto era violada por um estranho. Há mais de 10 anos que a perseguição motivada pela orientação sexual é aceite nos Estados Unidos como alegação de motivo em pedidos de asilo. No Uganda a homossexualidade é sujeita a pena de prisão entre 1 e 4 anos. Se Olivia não conseguir asilo, voltará para lá.

“Atletas profissionais lésbicas ainda lutam contra os estereótipos”

Uma treinadora de uma equipa de basquetebol feminino demitiu-se num momento decisivo da época desportiva, justificando-se com incompatibilidades com as jogadoras lésbicas da equipa. Estas situações iam acontecendo em surdina, nos bastidores do desporto, mas houve quem a processásse com queixas de discriminação. O desporto é habitualmente território propício a homofobias, mas já se notam algumas mudanças, em parte catalizadas por campanhas de consciencialização e leis anti-discriminatórias.

“Beijo lésbico em jornal de escola enfurece pais”

Um questionário sobre sexo anal, uma reportagem sobre um vibrador e uma fotografia de duas mulheres beijando-se sob um título “Porque os homens gostam de mulheres que gostam de mulheres”, foram demasiadas ‘provocações’ para os pais aguentarem. Alguns pais querem um debate público, por tratar-se de ‘pornografia acessível a crianças, à custa impostos dos contribuintes’. O director da escola admitiu que uma linha de decência e profissionalismo tinha sido ultrapassada, e debateu em privado o sucedido, enquanto que o conselheiro pelo jornal defendeu que a intenção era informar os alunos, em vez de chocar, embora fosse provável que causásse contovérsia. “Este é um lugar para os alunos expressarem a sua perspectiva e falarem sobre assuntos que os estão a incomodar” (...) “É algo que os pais esperam que os filhos ignorem até depois do casamento. (...)”

Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt

Outros recursos: Lesbofobia_1; Lesbofobia_2; Lesbofobia_3; Lesbofobia_4; Lesbofobia_5

Friday, February 16, 2007

O mês da história LGBT

Em Inglaterra as iniciativas de promoção social das causas homossexuais decorrem com a normalidade das festas temáticas escolares. Num caso específico, os propósitos de ambas cruzam-se mesmo.

A iniciativa em causa é o ‘Mês da História LGBT’, uma actividade promovida desde 2005 pela Schools Out, uma das mais antigas e activas associações de defesa dos direitos dos lgbt em Inglaterra. Ali pode efectivamente falar-se já numa História lgbt, que já tem muitos anos e conta com imensos e ilustres personagens. Este ano a associação solicitou a presença de um figurão para lançar as iniciativas do Mês da História LGBT.

Sir Ian McEllen abriu as hostes no debate inicial do evento, tendo elogiado o esforço na promoção da igualdade lgbt nas escolas, e na reunião de audiências tão diversas – professores, académicos, activistas, famílias – para se inteirarem das questões em discução.

As três escassas edições já tornaram este um dos eventos mais concorridos do calendário lgbt e escolar. Este ano, novos participantes deram um importante contributo aos debates, em especial alguns grupos jovens, e a transexualidade também esteve em destaque.

Findo o debate, a representante da Schools Out declarou: “A população jovem – na plateia e no palco – foram incríveis e inspiradores. Nós fomos honrados pela participação de Sir Ian, e foi muito gentil da sua parte ter ficado e conversado com toda a gente no fim.