Lésbica violada na África do Sul
Na África do Sul, uma mulher lésbica de 19 anos foi violada depois de sair de um bar acompanhada por 3 homens. Eles levaram-na para um descampado, dois deles dominaram-na no chão e violaram-na repetidamente, enquanto que o terceiro se evadia do local, depois de frustradas as suas tentativas de dissuasão dos outros dois. Alegadamente o que motivou os violadores foi a curiosidade: ‘como seria foder uma lésbica?’
Uma porta voz de um movimento de defesa das mulheres, Emelda Boikanyo, tentou diminuir a importância do caso: “O facto de que um deles tentou desencorajar os outros dois mostra que eles não são anormais. Eles são só violentos, agressivos e desordeiros.” Ainda acrescentou: “Eles são só maus elementos da nossa sociedade. Não é crime ser lésbica.”
Estas declarações são severamente ofensivas para as lésbicas. Primeiro porque menorizar esta violência é admitir permissão às reincidências; Segundo porque não é normal ser-se anti-social, violento, agressivo, desordeiro... as lésbicas certamente não o são; Terceiro porque mesmo que o lesbianismo fosse ilegal na África do Sul, não caberia a 3 criminosos o julgamento e execução de uma qualquer pena; Quarto porque não é condigno diminuir a importância de uma agressão motivada por preconceitos e ódios irracionais que conseguem subsistir às leis mais ponderadas – é urgente educar os homens e as sociedades, mostrar-lhe que devem às mulheres o mesmo respeito que esperam para si. A perversão das ideias não absolve os genitais.
Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt
Outros recursos: Lesbofobia_1