Lesbofobia_5
Lesbofobia interiorizada
A lesbofobia interiorizada é uma dimensão particularmente acutilante do fenómeno social que discrimina as lésbicas. Acontece quando o sentimento de ser-se lésbica é reprimido, por ser percebido como algo errado, ‘anormal’ ou indejesado – aquilo a que se chama homossexualidade egodistónica – ou quando se recorre à dissimulação de actos ou ideias perante pessoas, estranhas ou não, que expressamente apoiam esses mesmos equívocos. A este nível a experiência da própria sexualidade torna-se estigmatizante, o que torna a regularização do problema cada vez mais difícil.
Este post mostra que existem duas vertentes, ou dois vectores principais, segundo os quais a lesbofobia funciona:
1. quando as lésbicas interiorizam como ‘verdadeiro’ o equívoco heteronormativo generalizado pelas sociedades preconceituosas. Desta forma estão a avalizar um erro, porque não querem ‘opôr-se à maioria’ de opiniões, e autorizam-lhes uma suposta ‘superioridade’;
2. quando, reconhecendo a lesbofobia como efectivo mecanismo de repressão, adoptam-na como estratégia de sobrevivência ou dirigem-na sobre a sua ‘comunidade’ como estratégia de superiorização. Deste modo procuram garantir-se seguras da sua sexualidade – e de si – perante segund@s e teceir@s.
“(...) Algunos rasgos de la lesbofobia internalizada nos resultan tan familiares que nosotras mismas los aceptamos como parte de una 'cultura lésbica'. (...)”
“(...) Reconocer el concepto de lesbofobia internalizada esa de trascendental importancia y es importante compartir ese reconocimiento con todas las lesbianas. (...)”
Como se pode depreender, este problema acarreta consequências grandes e sérias na vida pessoal, íntima e social, das mulheres afectadas: quando a lesbofobia toma conta dos relacionamentos e afectos, dificilmente existirá e resistirá a harmonia pessoal e no par. Nesse instante a mulher deixou de ser simplesmente vítima de um preconceito alienígena – que lhe foi veiculado desde uma comunidade, onde se vê, acertadamente, inclusa, mas que distancia e reprova as lésbicas – e torna-se também agressora – porque se serve da arma arremessada contra ela para ripostar, sob instinto, contra uma comunidade onde se sente, equivocadamente, reclusa.
Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt
Outros recursos: Lesbofobia_1; Lesbofobia_2; Lesbofobia_3; Lesbofobia_4
A lesbofobia interiorizada é uma dimensão particularmente acutilante do fenómeno social que discrimina as lésbicas. Acontece quando o sentimento de ser-se lésbica é reprimido, por ser percebido como algo errado, ‘anormal’ ou indejesado – aquilo a que se chama homossexualidade egodistónica – ou quando se recorre à dissimulação de actos ou ideias perante pessoas, estranhas ou não, que expressamente apoiam esses mesmos equívocos. A este nível a experiência da própria sexualidade torna-se estigmatizante, o que torna a regularização do problema cada vez mais difícil.
Este post mostra que existem duas vertentes, ou dois vectores principais, segundo os quais a lesbofobia funciona:
1. quando as lésbicas interiorizam como ‘verdadeiro’ o equívoco heteronormativo generalizado pelas sociedades preconceituosas. Desta forma estão a avalizar um erro, porque não querem ‘opôr-se à maioria’ de opiniões, e autorizam-lhes uma suposta ‘superioridade’;
2. quando, reconhecendo a lesbofobia como efectivo mecanismo de repressão, adoptam-na como estratégia de sobrevivência ou dirigem-na sobre a sua ‘comunidade’ como estratégia de superiorização. Deste modo procuram garantir-se seguras da sua sexualidade – e de si – perante segund@s e teceir@s.
“(...) Algunos rasgos de la lesbofobia internalizada nos resultan tan familiares que nosotras mismas los aceptamos como parte de una 'cultura lésbica'. (...)”
“(...) Reconocer el concepto de lesbofobia internalizada esa de trascendental importancia y es importante compartir ese reconocimiento con todas las lesbianas. (...)”
Como se pode depreender, este problema acarreta consequências grandes e sérias na vida pessoal, íntima e social, das mulheres afectadas: quando a lesbofobia toma conta dos relacionamentos e afectos, dificilmente existirá e resistirá a harmonia pessoal e no par. Nesse instante a mulher deixou de ser simplesmente vítima de um preconceito alienígena – que lhe foi veiculado desde uma comunidade, onde se vê, acertadamente, inclusa, mas que distancia e reprova as lésbicas – e torna-se também agressora – porque se serve da arma arremessada contra ela para ripostar, sob instinto, contra uma comunidade onde se sente, equivocadamente, reclusa.
Para reportar situações de lesbofobia:
lesbophobie@sos-homophobie.org
ilga-portugal@ilga.org
umar.lisboa@netcabo.pt ou umarpt@netcabo.pt
homofobia@mail.pt
Outros recursos: Lesbofobia_1; Lesbofobia_2; Lesbofobia_3; Lesbofobia_4
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