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Tuesday, April 17, 2007

Só razões para pôr a mula a trabalhar.

Passaram pouco mais de 2 semanas desde a emissão do último episódio da 4ª temporada da série The L Word, nos Estados Unidos.

Desta vez, substiste um sentido de completamento mais estável que nalguma outra temporada anterior. Quererá isto prenunciar o fim definitivo da série de culto que abalou heteros, lésbicas, gays e apreciadores de bons programas, pelo mundo inteiro?
Talvez não...
Apesar de encontrarmos determinadas personagens que nunca suporíamos a ‘assentar arraiais’ e aceitarem manter-se fieis aos relacionamentos a que consentiram, e a pessoas com quem se comprometeram em exclusivo, sabemos que certas personagens tiveram origens menos ‘coerentes’, e podem despoletar histórias em episódios vindouros; o personagem transexual, enquanto pessoa em transição, é também potenciador de possíveis novidades; o rol de personagens que se estrearam nesta série guardarão ainda segredos que poderão emergir em novas peripécias; e quem sabe das personagens que ainda estão por revelar-se.

O pioneirismo desta série não esteve apenas na encenação os quotidianos privados de algumas personagens lésbicas, ou por exibir cenas de sexo lésbico nunca antes ousadas em TV – reformulou efectivamente o modo como as cenas de sexo são/não-são coreografadas, filmadas e editadas, tendo-se alcançado estéticas genuinamente punjentes – mas também por trazer à luz das ondas hertzianas alguns exemplos de muitas realidades que permanecem escondidas da luz dos dias corridos, ainda por medo, também por vergonha, e por outros motivos imperiosos que ferem a dignidade de muitas pessoas cujas sexualidades representam sentenças sem justiça ou razão.

Enfim, não lamentemos se esta série se ficar por aqui. Ela foi determinante para abir muitos olhos e mentalidades, em Portugal e em todo o mundo.
E já agora aguardemos pela nova série de ‘orientação lésbica’ com estreia marcada nos Estados Unidos para dentro de poucas semanas: ‘Don’t Go’ promete ser “mais queer e arriscada que outras séries gays ou lésbicas que temos visto”, mas mantém o mesmo formato cénico: o grupo de amigas do condomínio em L.A. Haverá lésbicas-butch, advogadas, gays bissexuais, hermafroditas, casamentos arranjados... e mais, só vendo!

2 comments:

not me said...

Claro que lamento... um ano à espera já custa, quanto mais uma eternidade! Mas não acredito no fim da serie, achei que o fim não foi suficientemente satisfatório, apesar de ter sido um episódio muito giro! Quanto ao "Don't Go", grande novidade... fiquei mesmo contente de saber que vamos ter mais uma serie para seguir!!! Muito bom!
;)

Grace said...

Aguardemos, aguardemos!