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Sunday, April 8, 2007

Sobre a Perda

Elizabeth Kubler-Ross percebeu que quando alguém sofre uma perda, e sê se privado de alguma coisa ou pessoa que lhe eram significativas de algum modo, vê-se imergir num ‘tanque’ emocional que @ fará atravessar 5 etapas: negação, raiva, negociação, depressão, conciliação. Quando isto acontece, o processo de superação decorre de forma normal e termina na estabilização emocional da pessoa.

A história da Páscoa conta que depois de morrer, Jesus ressuscitou. Que tipo de emoção terá isto causado nos seus amigos? Voltar à ‘vida’, regressar a um mundo que se havia já abandonado definitivamente é autenticamente extra-humano, improvável sob todos os paradigmas da realidade. Em que mais momentos da humanidade, dos quotidianos modernos, se vê alguém confrontado com o regresso de alguém muito importante que já havia partido, para sempre? Que emoção se abate sobre alguém nesse momento?
É bem possível que a emoção decorrente dessa experiência seja a emoção religiosa essencial. Ser capaz de acreditar e de viver essa verdade impossível, sobrenatural será a verdadeira experiência religiosa.

Mas enfim, a ressureição é uma lenda religiosa, e termos contactos com pessoas já mortas é eresia para quase todas religiões – além de efectivamente impossível! O que significa que, depois da ressurreição de Jesus, não terá havido quem mais sentísse a verdadeira emoção religiosa (fantasmas e alucinações não estão na linha directa da experiência da perda; geralmente derivam da depressão). Quem quer ser crente, é-o sem nunca ter sentido, vivido. Razão pela qual não acredito, seria hipocrisia acreditar.

Negação, raiva, negociação, depressão, conciliação... exigem muito da minha humanidade. Só amar supera tudo, mas não acredito no pai natal.

4 comments:

Anonymous said...

O teu coração há-de ressuscitar.

Beijinho.

Angell said...

Perder alguém que gostamos é sentirmos que algo em nós também partiu. Com o tempo a cura advém... mas fica sempre uma réstia para lembrar. Sabemos que não os podemos resuscitar. Agora sobre o Pai Natal; nós não acreditamos nele, mas no amor eu acredito... :)

Bjs!

Grace said...

Anónima e angel, cada pessoa tem convicções de que não abdica. Eu sei quais são as minhas.

Angell said...

Grace,
Claro que cada um tem as suas convicções; e delas não tem de maneira nenhuma que abdicar! Eu tenho muito respeito por isso! :)