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Saturday, January 6, 2007

Um ‘light subject’ para ‘matters of the heart’

Investigadores na UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles) procuram desvendar se aquela sensação dilacerante e esmagadora do rompimento de uma relação é de facto dor, ou apenas o ego magoado.

Sujeitaram diversas pessoas a um software em que cada uma joga à bola com outras duas, até um momento em que ela se vê excluída do jogo pelas outras. O seu choque e aflição activaram uma parte do cérebro chamada ACC, a mesma que reage à dor física. Estes resultados foram divulgados na revista Science de Novembro de 2006.
Nas palavras da investigadora Eisenberger: “Há algo na exclusão por outros que é percepcionado como sendo tão prejudicial para a nossa sobrevivência como algo que pode fisicamente magoar-nos, e o nosso corpo sabe isto automaticamente” (...) “Como pode imaginar, esta parte do cérebro está activa sempre que nos separamos do nosso companheiro mais íntimo. (...) Sem dúvida que se activaria se sentíssemos uma perda importante”. Já antes, investigadores do departamento de Psicologia da Universidade Estatal Bowling Green de Ohio haviam verificado uma relação entre o ACC e a dor física.
“A hipótese é de que o sistema de laços sociais que assegura que não nos afastamos muito, está acoplado ao sistema da dor para ajudar a nossa espécie a sobreviver.”

No meu ponto de vista, abrem-se outras perspectivas sobre que olhar, agora que existe esta evidência. Será que o nosso ‘sistema de laços sociais’ cicatriza como o nosso corpo? Será que emocionalmente voltamos a ter a integridade de antes da perda? Quem nos poderá ajudar a convalescer?
Uma coisa parece-me certa... a poligamia e a sucessão muito frequente de relações amorosas são mesmo perigosas: há mais a perder!

2 comments:

Unknown said...

A dor de perdermos alguém ou algo importante para nós pode tornar-nos demasiado vulneráveis. Talves por essa razão optamos pelas relações de carácter menos "de compromisso", contudo parece que o ser humano, não obstante o seu passado ancestral nómada, terá sobrevivido graças à criação de laços diversos com os demais da espécie. Muitas das premissas de outras épocas não se aplicam nos tempos actuais e fala-se de crise de valores. Eu penso que apenas vivemos numa época em que quase tudo é posto em causa, inclusivé os valores mais comuns. Estaremos em transformação positiva ou em "pré-apocalypto"? Será este o embrião de uma nova sociedade?

Grace said...

Estás errada na tua avaliação... O ser humano era nómada enquanto grupo, nunca sozinho, pois isso significava uma vulnerabilidade imensa. Sozinho ele não conseguia alcançar todas as frutas de uma árvora nem de carregá-las às cotas toda a viagem. Nem conseguia caçar sozinho, ou afungentar possíveis predadores sozinho... Sozinho, era morte certa.