Notícias menos alegres sobre adopção lésbica
E esta vem de onde menos se esperaria... um país conhecido como progressista.
Um juíz sueco determinou, em dois casos indênticos, a proibição de duas lésbicas adoptarem os filhos biológicos das suas parceiras, crianças estas que haviam sido geradas por inseminação artificial.
Em ambas as sentenças, o juíz escreveu: “Não é aceitável utilizar a instituição ‘adopção’ para desse modo contornar um direito tão básico da criança. Os benefícios que ela possa lograr da adopção ainda não certificam a sua aprovação”. E em ambos os casos, os casais foram registados pela lei de uniões civis.
Naturalmente as mulheres ficaram incrédulas. Uma jurista já se pronunciou sobre os casos: “Dá a crer que o tribunal está, de algum modo, a tentar punir as mulheres como se elas tivessem feito algo que é contrário aos interesses da criança. Mas fê-lo de um modo que também contraria os interesses da criança.” Em casos anteriores, e depois de recurso, as adopções foram aprovadas. Tal espera-se que aconteça nestes.
É decepcionante que se usem argumentos nitidamente tão distorcidos sob o eco da lei para se justificar uma crença pessoal, que não consegue ter palavra que lhe valha. Insulta a nossa inteligência, é injurioso!
Fica claro de vêr, neste caso como em casos idênticos, que os agentes da lei recusam-se voluntariamente a decidir a favor dos requerentes, envederando por uma interpretação da lei que, na sua opinião, é mais correcta, mas que objectivamente não é sequer consentânea com a máxima a que estão, por honra, obrigados a cumprir: justiça.
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