Mercados que sabem ser coloridos
Num artigo sobre o nicho homossexual do mercado japonês divulga-se que haverá ali 2,74 milhões de pessoas LGBT, com um poder de compra conjunto estimado em 6,64 triliões de yen, o equivalente a todo o álcool consumido no Japão num ano!
Aparentemente é o facto dos casais homossexuais não terem filhos que lhes permite fazerem mais despezas para si mesmos. Homossexuais gastam mais 10.000 yen em cosméticos que heterossexuais, e mais 17.000 em viagens ao estrangeiro.
De modo geral, pode dizer-se que isto acontece nos restantes países desenvolvidos do mundo. O nível de vida das pessoas LGBT tende a ser notoriamente mais elevado que o da população heterossexual, por ser característico daquelas um maior poder de compra.
Mas este fenómeno não está simplesmente relacionado com a inexistência de filhos, e despezas inerentes, na maioria dos relacionamentos homossexuais: parece haver entre as populações LGBT um nível de estudos e apetências profissionais mais elevado que no da restante população.
Isto deve-se à noção meritocrata emergente de que a competência, mérito profissional e educação conseguem sobrepor-se às filosofias discriminatórias que alguns ‘patrões’ implementam nos seus negócios, e consequentemente resultará numa suposta subida das pessoas LGBT aos escalões profissionais mais elevados, cujas remunerações são maiores.
Daí que haja um nicho muito influente mas inexplorado de consumidores potencialmente muito generosos entre a população LGBT do mundo. Já se vai verificando a adesão de certos sectores de mercado aos públicos e gostos queer, com ofertas estratégicas de produtos ‘livres de discriminação’: turismo, habitação na reforma, automóveis, artigos de ‘aprumo’ pessoal, viagens exóticas, internet, literatura e audiovisuais, etc... Todos os dias o nicho LBGT expande-se a novos sectores de mercado.
No comments:
Post a Comment