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Tuesday, July 24, 2007

"Espanha: mãe perde guarda de filhas por ser lésbica"

"O juiz espanhol Fernando Calamita, da região de Múrcia, decidiu tirar as filhas dos cuidados de sua mãe por ela ser lésbica. A sexualidade foi considerada uma influência negativa na educação e no crescimento das filhas, segundo publicou nesta segunda-feira o jornal espanhol El País."

"O juiz considerou que os filhos têm direito a um pai e a uma mãe. Segundo o juíz, o senso comum dita que o homem e a mulher se complementam e "duas mulheres e dois homens, não". Durante o processo, foi feita a declaração equivocada de que menores criados por homossexuais têm mais chance de se tornarem também homossexuais.Na década de 80, o mesmo juiz deteve duas mulheres por fazerem top less na praia da Chicana e, no mês passado, colocou entraves a adoção do filho de uma mulher pela companheira, com quem é casada."

"Na sentença, ele disse à mãe que teria que escolher entre suas filhas e sua companheira. A Federação de Mulheres Progressistas e a Federação de Gays e Lésbicas da espanha manifestaram que a decisão de Fernando Calamita é um escândalo, considerando-a inconstitucional e discriminatória por não cumprir o artigo 14 da constituição que proíbe a discriminação por orientação sexual.As associações pediram, nesta segunda-feira, 23/07, ao Conselho Geral do Poder Judiciário e às associações de juízes que atuem contra a sentença de Fernando Calamita."

3 comments:

Grace said...

"O Conselho Geral do Poder Judiciário espanhol abriu nesta quarta-feira, 25/7, um processo contra o juiz Fernando Calamita, que retirou de uma lésbica a guarda de suas duas filhas, por considerar que a orientação sexual da mãe "influencia negativamente" a educação das crianças. A decisão foi unânime na comissão disciplinar do Conselho, que poderia punir o juiz com uma multa de 3 mil euros ou mesmo destituí-lo de seu cargo. Calamita escreveu na sentença que o preconceito que recai sobre as filhas em função da relação que a mãe mantém com uma terceira pessoa é "óbvio".

Segundo a comissão disciplinar, o juiz pode ter incorrido em uma falta ao utilizar "expressões desnecessárias ou improcedentes, extravagantes ou manifestamente desrespeitosas do ponto de vista jurídico"."


http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/11_101_61616.shtml

Marta Rema said...

se não se importam, vou copiar este comentário. parece-me que depois de se ter divulgado a notícia inclusivé na rede de metro, a única coisa a fazer é divulgar esta.

Grace said...

Olá Maísha, bem vinda a este blog.
Concerteza que podes copiar o comentário, é a sequela mais lógica ao que a notícia do post anuncia! Tem mesmo de ser divulgada!