Precisa-se: Mais Pedagogia!
De muita pedagogia precisam os portugueses!
O VIII Colóquio do Curso de Sociologia – dedicado ao tema “Sexualidade: dilemas e indefinições” – que hoje teve início no Centro de Sociologia da UMinho, em Braga, e que amanhã terá o seu desfecho, recebeu 4 fantásticas contribuições esta tarde no debate “Identidade, Cidadania e Intervenção Política: o Activismo Gay e Lésbico”.
- A Professora Ana Brandão (da UMinho) centrou o seu discurso nos aspectos académicos/científicos dos fenómenos LGBT, em particular LG. Construiu a retórica do sociologicamente vigente, no âmbito das sexualidades queer, e preocupou-se em anular a interpretação errada mas corrente, de que a homossexualidade, ou outras sexualidades não-heteronormativas, constitui um comportamento desviante;
- O Activista António Serzedelo (representante e ex-presidente da Opus Gay) depois de resumir a ‘história’ da cultura e representatividade social gay/lésbica em Portugal e não só, apresentou o discurso tipicamente gay proud, onde constaram todas as reivindicações que fazem do activismo LGBT uma causa coerente, consequente e politicamente urgente;
- O Activista Telmo Fernandes (representante do GRIP) apresentou as linhas directivas da acção da ILGA em Portugal, e falou da importância do associativismo e visibilidade para o sucesso das reivindicações LGBT;
- A Psicóloga e Activista Eduarda Ferreira (representante do Clube Safo) exprimiu os conceitos que regulam a ideologia do Clube Safo. Estes decorrem da desconstrução do modelo heteronormativo que toda a sociedade faz validar e dissemina, que impõe demasiados limites à acção, expressão e identidades, particularmente das mulheres – sendo que para as lésbicas é especialmente antagonizante e desprovido de senso.
Só existe uma observação negativa a fazer desta palestra que deveria ser apresentada em horário nobre por todos os canais mediáticos portugueses – só para lhes dar um a ideiazinha modesta do que move os LGBT: a audiência, 99% composta de estudantes, não calou um burburinho durante todos os 165 minutos, e era evidente que não estavam tão interessados no tema quanto nos benefícios curriculares imediatos da comparência no debate. Deviam era levar com muita mais desta pedagogia! O havia ainda no porta-estandartes do auditório um espaço livre para uma bandeira do orgulho gay!
4 comments:
Grace, super obrigada pelo envio do ficheiro! Quando for ao Porto temos de nos encontrar. Prometido?
Eeeeeh, deve ter sido uma bela... seca. Graças a deus nunca fui, nem hei-de ir, a coisas do género. Arre.
Isabel, ora essa... o trabalho foi todo do computador. Meu foi o prazer de comparecer ao debate e de ajudar-te.
Prometidíssimo! :)
P.S.: Espero que se entenda tudo bem apesar dos comentários que por vezes trocava com uma amiga.
L, amiga... Nunca hás-de ir a coisas do género... masculino ou feminino!? :D Olha que deveria haver em cada portugues@ a preocupação em conhecer mais sobre a causa LGBT.
Isabel, tenho a tua permissão para ceder o ficheiro a outras pessoas, activistas, e um interviniente do debate?
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