Orgulho é amor

Como é possível que isto atrapalhe tanta gente? Como é possível contestá-lo?

"Amar como quando havia guerra"

Com a devida permissão da minha amiga R. passo a transcrever algumas palavras suas:

«kero envelhecer com alguém
kero msm andar na rua de braço dado
kdo for velhinha
e ajudar a atar os sapatos
... como antigamente
como kdo havia guerra
e as pessoas se amavam por cartas..1 por mês
ou menos..e cada dia parecia 1 ano»

Onde é que estão...

... as outras 399 lésbicas de Fiães!? Hmm!??

Come out, come out, wherever you are!!

"My beat"

(para os créditos, linkar o You Tube - e em baixo com sonoridade excelente)
Stereo Sushi #2 at crushd tin box

Dia de lut@

Hoje sinto muita vergonha pela minha opção partidária: sou militante do PS.

Sinto uma imensa tristeza por estar tão perto, e tão longe, de Espanha.
O que é uma Democracia que reserva direitos a determinadas pessoas? O que é uma Democracia que exclui minorias?
Hoje sinto-me defraudada pelas instituições em que aprendi a confiar, as mesmas que pedem a minha participação e a quem presto contas.

Hoje algo mudou. Não tenho a mesma situação que antes. Hoje acredito que não sou importante para o meu país. Acredito que a Democracia não é importante para o Governo do meu país, não lhe interessa a voz dos cidadãos. Se não fosse pela Constituição da República do meu país, hoje estaria à vontade para abdicar da minha nacionalidade. E é por não estar à vontade que hoje sofro. Sofro muito.

Ponto de Situação

Sobre o debate pelo acesso ao direito do casamento civil para homossexuais.

Deveria já ter-me pronunciado sobre o tema na berra: o casamento civil entre homossexuais. No entanto, tudo o que é essencial está dito. Já fora dito enúmeras vezes antes desta.
O que há de novo, desta vez, é que pela primeira vez os nossos representantes na Assembleia da Nação vão pronunciar-se acerca deste tema, teoricamente para decidir algo que já não lhes compete decidir: se os homossexuais devem poder casar ou não. E não lhes compete decidir porquê?

Porque temos, em Portugal, leis que regulamentam o casamento civil, e uma Constituição que regulamenta a República; as primeiras definem o casamento como privilégio heterossexual e necessitam de revisão, e a segunda garante que casamento e demais direitos fundamentais não estão subjugados pelo sentido das orientações sexuais. Há ainda em Portugal um grande número de homossexuais, para quem a realidade da vida em casal, e em família, já não admite que se levantem questões sobre a necessidade do acesso igualitário ao casamento civil, religiões à parte.

Para um entendimento mais compreensivo dos termos e da própria questão em causa, passo a fazer um apanhado de todos os argumentos que se têm vindo a elaborar nos últimos dias pelos apologistas da discriminação legal e por nós, homossexuais.

A principal questão é uma: a igualdade de direitos confronta-se com a desadequação das leis portuguesas. Mas os argumentos de que se faz esta questão são diversos.
Naturalmente o argumento legal, acompanhado de perto pelo "argumento partidarístico", orbitando, por fim, toda a espécie de argumentos poluidores, ou "pseudo-válidos", nada relevantes para o debate, todos eles preferidos pelos apologistas do 'não': o argumento religioso; o argumento biológico; O argumento homofóbico

Pelo argumento legal, o Renas e Veados destaca uma entrevista a Isabel Mayer Moreira, constitucionalista e assistente universitária, intitulada "Direitos fundamentais são contramaioritários"
O Miguel Vale de Almeida tem sido enérgico com esta que é a questão principal, e mostra-o em todos os posts que publica desde há 3 semanas, altura em que a discução começou a ferver a sério.
O Devaneios LGBT tem abordado sobretudo a novela partidarística.
O Lilás com Gengibre ataca em todas as frentes, enunciando variada argumentação, donde emerge a atenção dada às acções de manifestação popular que se foram encadeando.
No 5 Dias, a Fernanda Câncio, como sempre, a advogar a causa com todos os argumentos e observações possíveis!
E o Dr. Grave Rodrigues, como é de seu saudável costume, a contra-argumentar para os religiosos!

A cobertura dos meios de comunicação social tem sido farta e contrariando os pudores mediáticos tradicionais: no Notícias da Manhã do dia 6 de Outubro as páginas do destaque vão para um trabalho de Vasco Lopes; na RTP, no dia 8, uma reportagem no Telejornal; no DN do dia 7, a opinião de João Miguel Tavares; na RTP2, no programa Sociedade Civil do dia 7 de Outubro debateu-se entre o Paulo Côrte-Real (pela Ilga), A Solange F., o Mário Crespo e o Dr. Daniel Serrão o essencial e o acessório; nos suplementos do jonal Público do dia 8 uma reportagem realça a homofobia de Estado.

E a chuva regressa em força