A 'go getter' blog with a purpose - keep your eyes on it!

Thursday, November 30, 2006

Batwoman, The Proud

A Batwoman é... :)!

Se não sabiam que existe uma Batwoman ficam a saber. Foi criada em 1956 pelo mesmo artista que criou o Batman – Bob Kane – com a identidade Kate Kane, ocasional partner e apaixonada secreta do ‘autêntico’. Durante todos estes anos teve aparições muito irregulares, mas quando a DC Comics decidiu rever toda a sua ‘mitologia’ e recriar a sua iconografia, não se esqueceu desta personagem. Depois desse ‘apocalipse’, a Batwoman reaparece com novo look e nova personalidade: a dona-de-casa-incógnita-durante-a-noite-por-detrás-de-uma-máscara transformou-se numa jovem e rica herdeira com cérebro, força e charme... charme lésbico! Pois é! Ela resurgiu lésbica na primavera deste ano! Quando ouvi este anúncio, eu, a maior fã do Batman, enlouqueci de alegria! :)! É fantástico, mesmo que o assuma só a algumas pessoas especiais.

Este anúncio causou uma vaga imensa de opiniões no público norte-americano, especialmente porque desde há anos que se especulava uma possível ligação romântica entre Batman e Robin – esse filme é muiiiiito aguardado! – mas personagens gays ou lésbicas na BD já são muito comuns: em 2002 o cowboy Rawhide Kid revelou-se gay; e neste site maravilhoso exclusivamente dedicado aos super-herois e heroínas gay ou lésbicas podem encontram mais algumas dezenas de personagens. Até há uma GayLeague de super-herois lgbt... pasmem!

De seguida uma série de links deverão agradar a muitas das nossas! :)

- http://www.afterellen.com/Print/2006/7/batwoman.html
- http://www.out.com/detail.asp?page=1&id=18499
- http://www.planetout.com/entertainment/comics/superheroes/comics.html
- http://www.cnn.com/2006/SHOWBIZ/books/06/02/batwoman.reax/index.html
- http://enjoyment.independent.co.uk/books/news/article621772.ece
- http://www.ezcg.com/articles/images/batgirl_300x300.jpg
- http://www.newsaramablog.com/gallery/albums/userpics/10002/bizarro-robin.gif
- http://www.purecarnage.com/images/newbatwoman.png

P.S.: Se algum dia quiserem filmar a saga desta heroína, escolham a mim para desempanhar o papel... pleeeeeease!!

Wednesday, November 29, 2006

Mais uma Go-Getter!

Olá Cris! Benvinda a este pride blog!

Está à vontade para postar as tuas ideias. São todas importantes.
Muita merda nisto! :)

Tuesday, November 28, 2006

Eyes on... BarCode

Eyes on... BarCode

Fica na Rua do Anjo, em Braga, o BarCode. É um bar gerido por raparigas, com uma frequência muito diversificada – lésbicas, gays, bissexuais e heterossexuais. Funcionam durante a semana e ao sábado.
O espaço ocupa o rés do chão de uma casa antiga, característica daquela zona da cidade, e não se nota ter havido uma recuperação cuidada. Por isso, o ambiente interior é tendencialmente artesanal. As paredes pintadas em tons eléctricos de azul-celeste e rosa-choque conseguem arrancar alguns reflexos mais vivazes da decoração, de certo modo inconsequente, e a iluminação é de meia penumbra, bastante agradável. A música ambiente varia entre a banda sonora da série The L Word e as melodias easy-listning de K&D e outros ‘loung-masters’ que há uns anitos ensinavam a malta a diluir as festas... por isso um bocadinho esquecida de novas sonoridades (seria interessante ouvir umas riot-girl vibrations, mas podia afastar alguma clientela!). Nalgumas noites um/a DJ leva outros temas sonoros para salgar um pouco o ambiente.

No geral, pareceu-me que o espírito deste bar bebe directamente da ideologia party encenada na já referida série The L Word – para a qual ajuda um pouco a produção fashion da bar-girl que habitualmente serve – mas fica a milhas de conseguir um sucesso reconhecível – porque a banda sonora não chega, faltam sobretudo as pessoas e ideologias. Mas a vontade está lá, apesar de toda a distância dos cenários Hollywoodescos, ou não fosse este um barzinho lgbt no interior norte de Portugal.

Monday, November 27, 2006

Precisa-se: Mais Pedagogia!

De muita pedagogia precisam os portugueses!

O VIII Colóquio do Curso de Sociologia – dedicado ao tema “Sexualidade: dilemas e indefinições” – que hoje teve início no Centro de Sociologia da UMinho, em Braga, e que amanhã terá o seu desfecho, recebeu 4 fantásticas contribuições esta tarde no debate “Identidade, Cidadania e Intervenção Política: o Activismo Gay e Lésbico”.

- A Professora Ana Brandão (da UMinho) centrou o seu discurso nos aspectos académicos/científicos dos fenómenos LGBT, em particular LG. Construiu a retórica do sociologicamente vigente, no âmbito das sexualidades queer, e preocupou-se em anular a interpretação errada mas corrente, de que a homossexualidade, ou outras sexualidades não-heteronormativas, constitui um comportamento desviante;
- O Activista António Serzedelo (representante e ex-presidente da Opus Gay) depois de resumir a ‘história’ da cultura e representatividade social gay/lésbica em Portugal e não só, apresentou o discurso tipicamente gay proud, onde constaram todas as reivindicações que fazem do activismo LGBT uma causa coerente, consequente e politicamente urgente;
- O Activista Telmo Fernandes (representante do GRIP) apresentou as linhas directivas da acção da ILGA em Portugal, e falou da importância do associativismo e visibilidade para o sucesso das reivindicações LGBT;
- A Psicóloga e Activista Eduarda Ferreira (representante do Clube Safo) exprimiu os conceitos que regulam a ideologia do Clube Safo. Estes decorrem da desconstrução do modelo heteronormativo que toda a sociedade faz validar e dissemina, que impõe demasiados limites à acção, expressão e identidades, particularmente das mulheres – sendo que para as lésbicas é especialmente antagonizante e desprovido de senso.

Só existe uma observação negativa a fazer desta palestra que deveria ser apresentada em horário nobre por todos os canais mediáticos portugueses – só para lhes dar um a ideiazinha modesta do que move os LGBT: a audiência, 99% composta de estudantes, não calou um burburinho durante todos os 165 minutos, e era evidente que não estavam tão interessados no tema quanto nos benefícios curriculares imediatos da comparência no debate. Deviam era levar com muita mais desta pedagogia! O havia ainda no porta-estandartes do auditório um espaço livre para uma bandeira do orgulho gay!

Saturday, November 25, 2006

Clube Safo festeja e debate sexo seguro

Há mais iniciativas para dar visibilidade à homossexualidade e para celebrar o associativismo lgbt por este país.

O Clube Safo promete uma temporada cheia de actividades a partir de Dezembro.
- No dia 4 celebram no fórum FNAC do Chiado os 10 anos do Clube com um debate e jantar convívio. Quem quiser participar tem só até dia 30 de Novembro, 5ª feira, para confirmar a sua presença;
- No dia 9 descentralizam e reúnem no Porto para debater "Comportamentos sexuais entre mulheres: práticas de sexo seguro". Vai ser às 15:00 na sede da associação UMAR. Para esta actividade não é necessária a inscrição prévia.

E claro, estas iniciativas estão abertas a toda a gente, não apenas a Lésbicas ou GBT.

Friday, November 24, 2006

Sexo (i.) moralidade

Será que o sexo heterossexual é mais moral que o sexo homossexual?

A casa em que vivo neste momento foi-me emprestada por uma grande amiga, que, tendo-se casado no início do mês com um cidadão estrangeiro, deixou Portugal para ir viver lá fora. Quando me entregou a chave da casa instruiu-me sobre o funcionamento dos sistemas, dos electrodomésticos e... da cama. O que ela me disse foi que não trouxesse pessoas estranhas (!? – como toda a gente que eu conheço e ela não!?) para o apartamento, e em especial, que não deixasse ninguém cá dormir. Porque ela sabia como as coisas aconteciam, e podia ser de repente, e ela não queria que eu usásse a cama para fazer ‘aquelas coisas’, porque deveria respeitar aquela cama, que é a sua cama de casal.

Mas estaria a faltar ao respeito a quem afinal!? À cama ou ao casal!?
Pois! Quer-me parecer que no fundo a ela não lhe agradaria sequer imaginar – porque quanto a ele tenho dúvidas, e talvez ela também, razão pela qual lhe agradará menos ainda – que naquela cama pudesse já ter havido sexo lésbico e que a amiga Grace participava na ocasião!

Aquela cama é a cama onde todas as noites descanso. Não é a minha cama de casal, mas é a minha cama, neste momento. E isso é suficiente para que eu tenha todo o respeito do mundo por ela. Inclusivamente coloco-lhe os meus lençóis, novos, para que pouca diferença haja entre esta cama e outra qualquer das camas que ‘são minhas’ e que eu tanto estimo e respeito.
Não poderia, porventura, considerar eu que aquela cama não me serve porque já terá havido sexo heterossexual nela?
Foram outros lençois, outra vivência nesta habitação... mas sexo não é todo sexo!?
E será que de facto a cama se importa com a natureza do sexo e a orientação sexual dos amantes? Será que a cama prefere mesmo suportar os abanões heterossexuais às coreografias lésbicas!?

Não se trata de camas, como dá para perceber. Trata-se de mentalidades. De limitações nas ideias, de pré-concepções de que o sexo homossexual é porco e imoral, quiçá pecaminoso, porque consegue corromper não só os espíritos dos esposos – que entregues um ao outro pudessem ousar imaginar a cena lésbica e per(mas)turbar-se de nojo – mas também o espírito da ‘cama de casal’!

Thursday, November 23, 2006

Visibilidade com Pedagogia

Vai havendo visibilidade e pedagogia lgbt por Portugal fora.

Em Braga, por exemplo, na próxima segunda-feira, dia 27 de Novembro, decorrerá o debate “Identidade e Cidadania: activismo Gay e Lésbico” no Complexo Pedagógico 1 – Campus de Gualtar, às 14:30, e debruça-se sobre “Sexualidade – dilemas e (in)definições”.
Suportam esta iniciativa Ana Brandão (Professora da UMinho), e membros da Opus Gay, Clube Safo e GRIP – este último e o endereço necsum@portugalmail.com dão mais informações sobre a iniciativa.

Nota Importante: o debate está aberto à participação de todos, não é exclusivamente destinado a académicos ou pessoas lgbt.

Wednesday, November 22, 2006

Identidade de Género ganha reconhecimento legal... em Espanha

Sabem o que é LGBT?

Esta sigla significa Lésbica-Gay-Bissexual-Transexual. Transexuais são pessoas que lidam com questões de identidade de género, situação que, por definição de Homossexual e Bissexual, não acontece com Lésbicas, Gays ou Bissexuais.
Da mesma forma que é desconhecido o número de homossexuais e bissexuais em Portugal, também o número de transexuais. Longe de sermos todos heterossexuais (lolol...) – como queriam que fosse verdade os homofóbicos todos à face da Terra – estima-se, com base em sondagens sempre oficiosas, que 10% da população portuguesa seja homossexual ou bissexual, e que provavelmente 1% será transexual. Caros concidadãos... estes números são significativos! Se vocês conhecem 100 pessoas, 10 deles serão homo ou bissexuais, e 1 é transexual. Significa que em Portugal somos 1.056.959 LGB e 105.696 T.

Agora imaginem que além da vossa orientação sexual não ser concordante com aquela que é socialmente convencionada e entendida como única e ‘normal’ – a heterossexualidade – vocês não conseguem viver com o género com que toda a gente vos identifica. Vocês nasceram homens mas encontram-se aprisionados em corpos cuja genitália vos cataloga como mulher. Podem imaginar a qualidade de vida que desde cedo iriam ter... nenhuma! Desde logo porque toda a gente insiste em chamar-vos por um nome feminino, mas isso nem é o pior. Pior é terem esse nome escrito em todos os documentos que validam cada passo que vão firmar no vosso percurso de vida, e serem só dessa maneira reconhecidos como cidadãos, como pessoas.

Em Portugal @s transexuais podem corrigir o seu sexo anatómico, e assumir definitivamente um aspecto de uma pessoa que corresponde ao género com o qual se identificam. Até podem tentar corrigir a sua identidade oficial, mudando o nome e o género no registo. Mas acreditem... nada é mais complicado que isso. Não é a priori garantido a nenhum transexual português que, dando início ao processo de transformação do corpo, a sua identidade venha a ser corrigida também de forma concordante.

Em Espanha a situação dos seus cidadãos transexuais era igual à nossa até este ano. Este país democrático reviu muito recentemente as condicionantes legais que impunha às pessoas que queria corrigir a sua identidade oficial, e tudo agora é mais fácil. Mesmo aqui ao lado, 443.953 pessoas podem ter tido a sua qualidade de vida finalmente emparelhada com os dos restantes espanhois.
Saibam de tudo com rigor aqui.

Parabéns Espanha. Encontramos no vosso exemplo um auspicioso sinal de esperança para os nossos concidadãos transexuais.

Tuesday, November 21, 2006

Casamento em todo o Mundo, já!

Mais uma notícia que deve encher de brio os lgbt de TODO o Mundo:

No dia 14 do presente mês o governo Sul-Africano declarou legal que os casais de homossexuais se casem se o desejarem, decisão firmada depois de acesos debates e polémicas sobre o tema. Em todo o mundo, são agora 5 os países que declaram legal o casamento entre homossexuais: Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá e África do Sul. O estado norte-americano do Massachussets também considera legais estas uniões.

Notem bem: apesar de não acontecer em Portugal, esta notícia representa um passo em frente para a plena igualdade de direitos das comunidades homossexuais do mundo inteiro, particularmente no que toca à legitimação do casamento autorizado pelos estados que dão cidadania aos seus lgbt. Mas Portugal é especialmente visado por esta notícia. Vejamos porquê:

1. Tal como Portugal a África do Sul é uma República (a única no lote dos 5 países);
2. Tal como Portugal, existe na África do Sul uma carta fundamental de Direitos e Deveres (uma Constituição) que se impõe a todos os cidadãos e instituições;
3. Tal como em Portugal, existia na África do Sul uma limitação legal extra-constitucional que declarava nulo o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo;
4. E tal como em Portugal (e muito poucos países do mundo) a Constituição Sul-Africana proibia qualquer tipo de discriminação com base na orientação sexual dos seus cidadãos;
5. Ora... Aceso o debate, e ponderado o sentido e a moral de tudo o que estava em causa, a República Sul-Africana deliberou ser legal o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, e que perante esta união os seus previlégios e deveres legais sejam iguais aos dos demais casais. Agora a polémica esfriou e aquele país é mais democrático.
Conseguem assim perceber como é que Portugal encaixa nesta retórica!? Recordem a Teresa e a Helena.

Um a um estes países mostram aos restantes o que é civismo e humanismo. Acabam por mostrar o que é humanidade: devemos poder casar em qualquer parte da aldeia global!

Monday, November 20, 2006

Chegar ao Mundo

Não poderia haver melhor notícia para baptizar um bLoG(BT) que esta:

A Organização das Nações Unidas pôs a mão na consciência a associou-se aos grupos de activismo lgbt de todo o mundo numa campanha para discriminalizar a homossexualidade do mundo. A homossexualiade ainda é um prime punível com penas diversas em 75 países, cujos governos que não respeitam este documento.

A estratégia da ONU/IDAHO é simples... publicitar a participação de figuras públicas, reconhecidamente célebres, como apoiantes da intenção e percursores desta acção. Claro, que este objectivo é desde há muitos muitos anos brandido por todos @s lgbt do mundo, associad@s em grupos activistas ou não. Mas o reconhecimento público e a este nível institucional-global da nossa luta, ganha maior expressão e alcance com iniciativas como esta. Lamenta-se que tenha de ser assim, e só agora, mas correríamos o sério risco de ver os nossos filhos, netos ou posterior descendência a serem perseguidos pelo mundo fora se nem agora nos mobilizássemos.
Em Portugal unem as mãos a Ilga Portugal, o Clube Safo, o NãoTePrives e as Panteras Rosa. E nós todos podemos também! Vamos lá às teclas! Vamos assinar esta petição! Aqui!

P.S.: Se querem dar uma olhadela às pessoas célebres com quem se podem associar, vejam nesta lista os nomes de quem já assinou. Ana Gomes, Lara Li, Ana Zanatti, José Saramago, Miguel Portas, Miguel Vale de Almeida são nomes de alguns portugueses. David Bowie (cantor), Michael Cunningham (escritor) e Judith Butler (pensadora dos temas queer) são outros de entre os muitos célebres.